Sucesso define a 7ª edição do Garanhuns Jazz Festival

GJF 2014. Palco Ronildo Maia Leite. Crédito - Normando Siqueira

A 7ª edição do Garanhuns Jazz Festival encerrou sua programação com gostinho de quero mais tanto para o público quanto para os artistas participantes. Durante quatro dias (de 1º a 4 de março), o evento transformou Garanhuns num oásis musical de extrema qualidade em meio à folia de Momo. Foram mais de 20 shows gratuitos e em palcos descentralizados com artistas locais, nacionais e internacionais. As apresentações, todas belíssimas e com uma superestrutura de palco e de som, repercutiram no Brasil e no exterior.

E os bons resultados não param por aí. Este ano o festival também superou as expectativas de público: por noite, mais de 5 mil pessoas oriundas de Pernambuco e de outros estados nordestinos, como Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, Fortaleza e Bahia, lotaram as praças de Garanhuns para conferir os shows, totalizando 20 mil pessoas ao longo do festival.  Apesar de a prefeitura ter dobrado o número de mesas em relação ao ano passado, as 400 unidades disponíveis não foram suficientes, fazendo com que muitas pessoas ficassem em pé na Praça Cultural Mestre Dominguinhos, onde foi montado o palco Ronildo Maia Leite.  O grande público também pôde ser medido pela taxa de ocupação dos hotéis, que tiveram praticamente 100% dos leitos reservados, e pelo faturamento dos bares e restaurantes do município, que tiveram aumento de mais de 15%. A maior média da história do GJF.

De acordo com o prefeito de Garanhuns, Isaías Régis, o momento é de comemoração, mas também de planejar a 8ª edição do evento. “O festival foi incrível, mas teremos que aumentar o espaço dos shows no próximo ano. Em 2015, o lado maior da Praça Mestre Dominguinhos também será utilizado para comportar o público do festival”, comemora. Um desafio muito bem visto e desejado por Giovanni Papaleo, músico e curador do evento ao lado da Mono Produções Artísticas. “A nossa meta em 2015 será melhorar o que já está muito bom. Vamos analisar tudo, consertar as possíveis falhas e nos preparar para a próxima maratona de shows”, afirma.

De acordo com o músico, um dos grandes diferenciais no GJF é o fato dele promover a integração musical, seja entre os artistas, seja entre os ritmos. “O festival dá oportunidade para que todos, músicos iniciantes ou veteranos, possam celebrar a música. Por isso as Jam sessions do palco Pau Pombo foram um verdadeiro sucesso. Todos puderam participar e o público vibrou”. Quem foi ao GJF notou também que nesta edição o festival estava mais diversificado. “Estamos seguindo uma tendência mundial ao incorporar outros estilos musicais ao evento. O nome completo do festival é Garanhuns Jazz & Blues Festival e atualmente o jazz e o blues possuem diversas variações e vertentes. Mas o nosso grande mote é e sempre será música de qualidade”, explica Papaleo.

Entre os shows, que começaram sempre com extrema pontualidade, pode-se destacar o carisma e o talento de Mud Morganfield, filho da lenda do blues Muddy Waters, que mostrou ao público como se faz o verdadeiro Chicago Blues. George Israel e Victor Biglione também incendiaram a plateia com um show fantástico, diversificado e cheio de energia. Os norte-americanos Tia Carroll, Jimmy Burns e Mark Rapp também se destacaram com um talento de arrepiar e emocionar os presentes.

Além deles, o som produzido pelo grupo garanhuense os Valvulados foi  responsável por um dos pontos altos do festival. Já o Maestro Israel de França se juntou com Beto do Bandolim para realizar um dos melhores shows instrumentais do GJF, que também foi agraciado pelo talento do duo Salimanga e de Dudu Lima. Pelos palcos do festival também passaram grandes e esperados nomes da música nacional, como Nasi, Ed Motta, Josildo Sá, Blues Etílicos, Edu Ardanuy… E a lista só cresce.

Sucesso é a palavra que descreve bem a 7ª edição do GJF, que encerrou sua programação às 2h da madrugada da Quarta-feira de Cinzas (5), que infelizmente chega para todos.