Uma pesquisa encomendada pelo Recife Convention & Visitors Bureau traçou o perfil dos turistas de negócios que estiveram em Pernambuco, em 2013. O levantamento, que é realizado desde 2006, foi feito pela Método Pesquisa e Consultoria durante eventos realizados no decorrer do ano. Os dados foram apresentados na manhã desta terça-feira (25), no Recife Monte Hotel, em Boa Viagem, durante um café da manhã que recebeu associados e a imprensa.
Dos consultados, 92,5% afirmaram ter intenção de voltar a Pernambuco, contra apenas 2,9% que declararam não desejar. Em sua maioria os turistas que participaram dos eventos são estudantes universitários. Entre eles, 21,9% tinham pós-graduação, enquanto 20,8% possuíam mestrado, doutorado ou pós-doutorado. Apenas 8,9% tinham somente o segundo grau completo.
A maneira que as informações sobre conferências e congressos chegam aos turistas é feita, de acordo com 39,7% dos entrevistados, por empresas/ universidades. Em seguida foi mencionada a internet com 28,2% e as associações/sindicatos com 26,3%. Outros eventos com 8,5% e amigos/colegas com 7,7%.
A pesquisa ainda aponta que 29,1% dos entrevistados, aproveitaram a participação no evento para vir mais cedo ou ficar mais dias em Pernambuco. Sendo que 14,2% dos consultados trouxeram ainda um acompanhante. A permanência média além dos dias da conferência ou congresso foi de 2,5 dias, com gasto médio diário de R$ 460,75. “Na pesquisa a gente identificou quais são os locais que antes ou depois do evento as pessoas gostam mais de ir. Na verdade ela direciona nosso associado a saber onde estão as oportunidades de negócios”, explicou o presidente do RCBV, Bruno Hebert.
Já em relação ao poder aquisitivo destes turistas de negócios, houve razoável dispersão em termos de faixa de renda, por exemplo, dos entrevistados, 4% ganham até R$ 1.000,00, e 20,8%, recebem R$ 10.000,00.
Em dados gerais, o estado surpreendeu positivamente 32,1% dos consultados e 64,2% deles afirmaram ter gostado de Pernambuco. Os entrevistados com opiniões negativas sobre o estado somaram 3,7%, sendo 2,0% os que não gostaram e outros 1,7% que se disseram negativamente surpresos.
Ao todo, foram entrevistadas 993 pessoas. Destes, 44,3% eram da região sudeste, 25,7% da região nordeste, enquanto 11,0% eram da região sul, totalizando 55,3% do eixo sul-sudeste. “Cresceu muito a participação da região sul/sudeste nos eventos que estão acontecendo no nosso estado. Isso significa, como a gente já sabe, que Pernambuco está sendo muito bem visto fora daqui,” concluiu o presidente.
Sobre os preços praticados aqui, a maior proporção dos entrevistados, 62,8%, avaliou como normal. Os que consideraram os preços elevados somaram 31,1% enquanto os que avaliaram os preços cobrados em Pernambuco como baratos se restringiram a 3,1%.
PERFIL DO TURISTA – Em 2013, a proporção de mulheres nos eventos pesquisados (50,9%) foi quase igual ao número de homens (49,1%). Dos entrevistados, 55,5% dos tinha 40 anos ou menos (22,2% tinham entre 18 e 29 anos e 33,3% entre 30 e 40 anos). Entre 41 e 50 anos foram registrados 21,6% dos consultados. Enquanto os de idade superior a 50 anos, somaram 22,7%. As ocupações registradas com maior frequência são: médicos com 16,2%, professor com 10,8% e fonoaudiólogo com 8,2%.
LOCOMOÇÃO – O avião foi o meio de transporte mais utilizado (84,2%). O percentual dos que utilizaram carro próprio chegou a 12,7% dos consultados, enquanto 2,2% fizeram uso de ônibus. A maior parcela de consultados fez uso de táxi (59,6%) para se locomover no estado, seguindo-se as opções carro (20,2%) e ônibus/micro ônibus (16,6%).
SATISFAÇÃO DO TURISTA – Os entrevistados identificaram três itens que mais lhe agradaram: a hospitalidade do povo pernambucano e os atrativos naturais do Estado se destacaram como os mais citados (53,6% e 51,6%, respectivamente), seguido da culinária com 44,8%. O atendimento nos atrativos naturais visitados pelos turistas também foi bem avaliado, chegando a 86,1% a proporção dos que deram a ele os conceitos excelente ou bom. Já nos hotéis foi de 86,7% (conceitos excelente ou bom). O conceito regular foi dado por 10,3% dos consultados, enquanto 1,9% deles deram conceito negativo.