Fotos de divulgação, aqui
Exposição de Marianne Peretti é prorrogada, ganha catálogo e seminário internacional
Foi prorrogada a primeira mostra individual da artista franco-brasileira Marianne Peretti em Brasília. A exposição estava prevista para terminar no último domingo (05), mas, por conta do sucesso de público, vai agora até o dia 26 de junho. Da abertura, no dia 05 de abril, até este final de semana, mais de 66 mil pessoas visitaram o Museu Nacional da República (DF) para conhecer a mostra que traz as obras produzidas ao longo de 60 anos, entre vitrais e esculturas. São mais de 30 trabalhos, entre projetos em tamanho real, esculturas de grandes proporções e projeções de vitrais da artista, a única mulher a integrar a equipe de Oscar Niemeyer na construção do Distrito Federal.
Para marcar a prorrogação, os produtores da exposição, a B52 Cultural, em parceria com a Atenarte, programaram uma agenda que inclui doação do livro “Marianne Peretti – A ousadia da Invenção” para as bibliotecas públicas do DF, lançamento do catálogo da exposição e seminário internacional sobre a arte dos vitrais.
Será na próxima quarta (15/06), no auditório do Museu Nacional da República. Na parte da manhã, das 9h às 15h, haverá um bate papo com jovens de projetos sociais da cidade com o tema “Um Novo Olhar sobre a Obra de Marianne Peretti”. Logo depois será realizada a doação do livro “A Ousadia da Invenção” às bibliotecas públicas de Brasília.
Às 11h terá início o painel “Arte e Jornalismo na Atualidade” com Aurélie Sécheret (jornalista francesa especializada em artes plásticas que escreve para revistas como Beaux Arts Magazine, La Revue de la Céramique et du Verre, Ateliers d’Art de France e Le Journal des Arts); Lucia Leão (jornalista cultural, repórter da Revista Roteiro, hoje um dos principais espaços de divulgação de artes e espetáculos em Brasília); José Rezende Jr (escritor e jornalista, é chefe de redação da revista Traços, publicação cultural brasiliense) e Márcia Marques (jornalista, Doutora em Ciências da Informação, Mestra em Comunicação pela Universidade de Brasília – UnB). A mediação vai ficar por conta de Yves Lo-Pinto (diplomata com formação em jornalismo que tem dedicado especial atenção à promoção da artista Marianne Peretti na Europa).
Na parte da tarde, das 14h30 às 16h, acontecem três painéis sobre as relações de arte e arquitetura, monumental e modernismo e sobre vitrais. O primeiro é “Presença do Vitral no Brasil” com o palestrante Hélder Viana (arquiteto e Mestre em Projeto e Patrimônio pelo Programa de Pós-graduação em Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Logo depois, ”O Vitral dos Trópicos”, com Tactiana Braga (arte-educadora e diretora da B52 Desenvolvimento Cultural, idealizadora e realizadora do projeto Documento Marianne Peretti). Para complementar, “O Novo Papel do Vitral no Século XX” com Jean-Dominique Fleury (artista plástico francês e mestre do vitral. Pesquisador de técnicas inéditas na criação de vitrais. Foi membro ativo do movimento que contribuiu para o surgimento do vitral contemporâneo) e Aurélie Sécheret. Mediação de Yves Lo-Pinto Serra
Marianne Peretti. Foto Deborah Ghelman
A partir das 16h30 é a vez do painel “Arte e Arquitetura: o Monumental no Modernismo de Brasília” com os palestrantes Roberto Ghione (arquiteto, escritor e crítico de arquitetura. Realizou diversas curadorias para exposições de arte e arquitetura, no Brasil e em eventos internacionais); Fernando Diniz (arquiteto; historiador, Mestre em Desenvolvimento Urbano e Ph.D. em Arquitetura); Jean-Dominique Fleury; Elizabeth Ervatti (arquiteta e urbanista. Desenvolveu atividades de pesquisa sobre integração das artes na obra de Oscar Niemeyer e da artista Marianne Peretti) e Haroldo Pinheiro (arquiteto e urbanista. Autor do projeto e membro da direção da obra de ‘retrofit’ do Palácio do Congresso Nacional, em Brasília, com supervisão de Oscar Niemeyer. É presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil).
Após as palestras, ás 18h, as palavras finais dos representantes da Embaixada da França/Instituto Francês, da Comissão de Cultura da Câmara Federal, do Museu Nacional/GDF, do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-DF), do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR), do DOCOMOMO – BR e da Aliança Francesa. A programação termina com a visita à exposição e lançamento do catálogo.
A exposição
A exposição, que vai até o próximo dia 26 de junho, no Museu Nacional da República (DF) traz um apanhado das principais obras de grande, médio e pequenos formatos assinadas pela artista Marianne Perreti (88 anos). Entre elas, esculturas, painéis escultóricos, vitrais e objetos de design. Um dos destaques é o salão especial “Gênese”, que abriga todo o processo criativo da Catedral de Brasília. Nele, para que o público tenha uma dimensão exata da grandiosidade do trabalho desenvolvido por Marianne, ficam à mostra o desenho original do vitral do altar da catedral (em tamanho real e desenhado à mão),os esboços que originaram o desenho, a maquete de estudo de aplicação do vitral e um grande painel com explicações sobre todo o processo construtivo da catedral.
Vitral do Memorial JK. Foto Breno Laprovitera
Também é possível conferir, durante a exposição, um majestoso painel de ferro branco laqueado intitulado “Árvore da Vida”, com 12m x 6m, criado recentemente pela artista – que está completando 88 anos e continua a produzir em seu ateliê de Olinda (PE). Um enorme painel de vidro transparente com 2,80m x 10m, que faz parte do acervo do Senado Federal, também está presente na mostra.
“O Brasil devia a Marianne uma exposição dessa magnitude. O valor artístico e histórico do trabalho dela é, nos dias de hoje, reconhecido internacionalmente”, afirma Tactiana Braga, da B52 Cultural, idealizadora do projeto.
A mostra, viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura tem patrocínio da Caixa Seguradora, Cepe, Fundarpe e Governo do Estado de Pernambuco e conta com o apoio da Embaixada da França no Brasil, Instituto Francês, Aliança Francesa Brasília, Centre André Chastel, Fundação Le Corbusier, Instituto de Arquitetos do Brasil, Fundação Oscar Niemeyer, Docomomo Brasil e correalização do Museu Nacional da República e do Governo do Distrito Federal.
A visitação é gratuita e aberta ao público de terça a domingo, das 9h às 18h30.
Serviço – Exposição – A Arte Monumental de Marianne Peretti
Onde: Museu Nacional da República (Conjunto Cultural da República, Setor Cultural Sul, Lote 2, Esplanada dos Ministérios – Brasília/DF)
Visitação: De terça a sexta-feira, das 9h às 18h30, até o próximo dia 26 de junho.
Entrada: Gratuita / Grupos escolares deverão ser agendados
Informações: 61 3325.520 / 3325.6410 / museunacional@gmail.com
Serviço – CICLO DE PALESTRAS- A Arte Monumental de Marianne Peretti
Onde: Auditório do Museu Nacional da República (Conjunto Cultural da República, Setor Cultural Sul, Lote 2, Esplanada dos Ministérios – Brasília/DF)
Quando: Quarta-feira, 15 de junho
Entrada: Gratuita
Informações: 61 3325.520 / 3325.6410 / museunacional@gmail.com
Programação Completa e Currículos dos Palestrantes:
www.facebook.com/aartemonumentaldemarianneperetti
CICLO DE PALESTRAS
Programação
Quarta, 15 de junho:
Auditório do Museu Nacional da República
Das 09:00 às 10:15 – Um Novo Olhar sobre a Obra de Marianne Peretti
Bate-papo com jovens de projetos sociais da cidade
Doação do livro Marianne Peretti: a Ousadia da Invenção às bibliotecas públicas de Brasília
Das 11:00 às 12:15
Painel: Arte e Jornalismo na Atualidade
Palestrantes: Aurélie Sécheret, Lucia Leão, José Rezende Jr. e Márcia Marques
Mediador: Yves Lo-Pinto
Das 14:30 às 16:00
Presença do Vitral no Brasil
Palestrante: Hélder Viana
O Vitral dos Trópicos
Palestrante: Tactiana Braga
O Novo Papel do Vitral no Século XX
Palestrantes: M. Fleury, AurélieSécheret
Mediador: Yves Lo-Pinto Serra
16:30
Painel: Arte e Arquitetura: o Monumental no Modernismo de Brasília
Palestrantes:
Roberto Ghione, Fernando Diniz, Jean-Dominique Fleury, Elizabeth Ervatti e Haroldo Pinheiro
18h – Palavras de encerramento com representação do Ministério da Cultura/Iphan, da Embaixada da França/Instituto Francês, do Museu Nacional/GDF, do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-DF), do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR), do DOCOMOMO – BR e da Comissão de Cultura da Câmara Federal.
19:00 – Visita à exposição e lançamento do catálogo
BREVE CURRÍCULO DOS PARTICIPANTES
Aurélie Sécheret – jornalista especializada em artes plásticas. Escreve para revistas francesas, belgas e suíças dedicadas às artes: como Beaux Arts Magazine, La Revue de la Céramique et du Verre, Ateliers d’Art de France, Connaissance des Arts, Le Journal des Arts. Atuou nos serviços de Comunicação da Unesco, na sede de Paris, para o programa Memória do Mundo. É diplomada pela Universidade de Toulouse, com a pesquisa Valorização do Patrimônio, Mestra e licenciada da Universidade de Paris (Sorbonne), em História.
Elizabeth Ervatti – é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2004. É pós-graduada em História da Igreja pela Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro (FSB) (2009). Possui curso de História da Arte Universal e Peruana pela Faculdade de Letras y Ciencias Humanas(FLCH) da Universidad Nacional Mayor de San Marcos (UNMSM) (2011), em Lima, Peru. É Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília (UnB)(2013). Desenvolveu parte das atividades de pesquisa sobre integração das artes na obra de Oscar Niemeyer junto da artista Marianne Peretti. Atualmente está como aluna especial no Programa de Pós-graduação da FAU-UnB.
Fernando Diniz – arquiteto pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1989; historiador pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), em 1991;Mestre em Desenvolvimento Urbano pela UFPE (1994) e em arquitetura pela University of Pennsylvania (2001); e Ph.D. em Arquitetura pela University of Pennsylvania (2004). Atualmente é professor associado da UFPE, pesquisador nível 2 do CNPq, assessor ad hoc da Capes, do CNPq, da Fapesp e do Arts & Humanities Research Council-UK. Foi um dos fundadores do Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada (Ceci), tendo sido seu diretor-geral entre 2009 e 2011 e membro do conselho em outras ocasiões. Foi professor visitante na Universidade Técnica de Lisboa (2011) e na University of Pennsylvania (2003–2004), ICCROM Fellow (2008) e Samuel H. Kress Foundation scholar (2003–2004). Foi membro da diretoria da ANPARQ (2011–2012), ABEA (2013–2014) e DOCOMOMO Brasil (2014–2015).
Hélder Viana – arquiteto e Mestre em Projeto e Patrimônio pelo Programa de Pós-graduação em Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PROARQ/UFRJ), com a dissertação Instrumentos e Técnicas para Identificação eRegistro de Vitrais (2015). Profissionalmente, atua no Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, na gestão e na execução de diversas obras de restauro arquitetônico e em pesquisas relacionadas a esse tema.
Jean-Dominique Fleury – artista plástico e mestre do vitral. Foi formado em Paris na ÉcoledesBeaux-Arts e no Institut NationalMétiers d’Art. Ele sempre pesquisou técnicas inéditas, na perspectiva de criar vitrais diferentes. Foi membro ativo do movimento que contribuiu para o surgimento do vitral contemporâneo e militou para haver uma colaboração mais estreita entre os mestres vitralistas e os artistas contemporâneos e para haver maior integração do vitral aos edifícios religiosos ecivis. Desta forma, trabalhou com muitos artistas, entre eles, o francês Pierre Soulages (Conques) e o espanhol MiquelBarceló (Palma de Mallorca).
José Rezende Jr. – escritor e jornalista, é chefe de redação da revista Traços, publicação cultural brasiliense vendida por pessoas em situação de rua. Foi repórter do Correio Braziliense, O Globo, IstoÉ e Jornal do Brasil. Ganhou o Prêmio Jabuti (melhor livro de contos de 2010) com “Eu Perguntei pro Velho se Ele Queria Morrer (e outras Estórias de Amor)”. Publicou ainda “A Mulher-Gorila e Outros Demônios” (contos), Estórias Mínimas (microcontos) e Fábula Urbana (infantojuvenil).
Lucia Leão – graduada em Comunicação pela UFRJ, chegou a Brasília em 1977. Sua trajetória profissional na Capital Federal começou pelo jornalismo cultural, integrando a equipe do segundo caderno do Correio Braziliense. Nos anos de 1980 se dividia entre o jornalismo político (Jornal de Brasília, TV Manchete e Globo) e o jornalismo cultural nas revistas Grande Circular e Bric-à-Brac. Segue militando no jornalismo cultural como repórter da Revista Roteiro, hoje um dos principais espaços de divulgação de artes e espetáculos em Brasília.
Márcia Marques – jornalista, Doutora em Ciências da Informação, Mestra em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB), graduada em Jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da USP, professora de jornalismo da UnB, concursada desde 1997. Leciona as disciplinas em laboratório de jornalismo online e pesquisa sobre jornalismo e redes sociais. Pesquisadora do GPCI, com pesquisas no campo de formação de competências para a informação e comunicação em rede em ambientes digitais.
Roberto Ghione – arquiteto, escritor e crítico de arquitetura, é sócio-diretor do escritório Vera Pires e Roberto Ghione Arquitetos Associados. Atualmente, também faz parte da diretoria do IAB-PE. Realizou diversas curadorias para exposições de arte e arquitetura, no Brasil e em eventos internacionais. É membro conselheiro do CAU-PE e do IAB-PE.
Haroldo Pinheiro – arquiteto e urbanista formado pela Universidade de Brasília (1980). Entre seus principais trabalhos, é autor do projeto e membro da direção da obra de ‘retrofit’ do Palácio do Congresso Nacional, em Brasília, com supervisão de Oscar Niemeyer; coautor do anteprojeto de Arquitetura e Urbanismo para alteração no centro urbano de Brasília (Setor Habitacional Norte e Setor de Diversões Norte), com Lucio Costa; e atuou em inúmeros projetos e obras com o arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé), fundando, em sociedade, o Instituto Habitat. Foi presidente nacional do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e membro do Conselho Superior da União Internacional dos Arquitetos (UIA). Presidente da gestão fundadora do CAU/BR (2011/2014), foi reeleito para o triênio 2015-2017.
Yves Lo-Pinto Serra – diplomata com formação em jornalismo, tem dedicado especial atenção à promoção da artista Marianne Peretti e de sua obra, como colaborador do projeto Documento Marianne Peretti para coordenar as atividades do projeto na França.
Tactiana Braga – arte-educadora; diretora-executiva da B52 Desenvolvimento Cultural, empresa que atua há mais de 15 anos, no Brasil, em planejamento, pesquisa e desenvolvimento de projetos culturais; idealizadora e realizadora do projeto Documento Marianne Peretti, que objetiva promover o reconhecimento da artista e a valorização de seu legado.
