Recifest leva a diversidade para a tela do São Luiz

Fotos e traillers: aqui

Recifest leva a diversidade para a tela do São Luiz

Sexta edição do festival do festival que é referência no cinema LGBT do país começa nesta terça-feira no Cinema São Luiz. Programação é a mais extensa dos últimos anos.

Recifest

Recifest

Começa oficialmente, nesta terça-feira (20), às 18h, no Cinema São Luiz,  a sexta edição do Recifest – Festival de Cinema de Diversidade Sexual e de Gênero, um dos maiores e mais importantes festivais de cinema com a temática LGBT do País. Além da exibição de curtas e longas-metragens nacionais, o festival traz duas mostras internacionais e promove performances, rodas de diálogos, oficinas e agrega ações de outras linguagens, para fomentar debates acerca da temática de gênero e sexualidade, matéria imprescindível nos dias de hoje.

Este ano, a mostra competitiva do festival teve recorde de inscrições com mais de 150 filmes. Foram escolhidos 26 curtas, sete deles produzidos em Pernambuco. Na noite de abertura do festival acontece a estreia do aguardado longa-metragem nacional “Bixa Travesty  (Claudia Priscila e Kiko Goifman) – SP seguida de debate com os diretores e a protagonista, a artista trans Linn da Quebrada

O Prêmio Oficial do VI Recifest – Troféu Rutílio de Oliveira -  será entregue pelo Júri Oficial e pelo Júri Popular, para os melhores filmes das categorias nacional e pernambucana.  O troféu tem o nome do produtor e ator Rutílio de Oliveira, um dos criadores do Recifest. Também serão prêmios em dinheiro, com R$ 1.500,00 para o melhor filme pernambucano, R$ 1.500,00 para o melhor filme nacional, R$ 1.500,00 melhor filme pernambucano escolhido pelo júri popular, e R$ 1.500,00 para o melhor filme nacional escolhido pelo júri popular – R$ 1.500,00.

Também serão entregues os prêmios Mistika – que concederá aos realizadores do melhor curta-metragem nacional e pernambucano, a cada um, R$ 4 mil em serviços de pós-produção de imagem na finalizadora Mistika, uma das mais respeitadas finalizadoras do país, com sede em São Paulo -, o Prêmio Looke – cuja plataforma streaming LOOKE concederá a três dos filmes exibidos prêmios de aquisição, pelo qual passarão a integrar o catálogo da plataforma por dois anos.

Já o Prêmio CiaRio/Conne, do complexo de empresas do CIARIO (Centro de Infraestrutura do Audiovisual) concederá ao vencedor do melhor filme de Curta-Metragem da Região CONNE, o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais) em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria. Serão concedidos também prêmios da ABD-APECI (Associação Brasileira de Documentaristas e Curtamestragistas de Pernambuco / Associação Pernambucana de Cineastas), FEPEC (Federação Pernambucana de Cineclubes) e o Prêmio Direitos Humanos, do Portal Click REC.

A sexta edição do Recifest vai até o sábado (24/11), no Cinema São Luiz, e ganha programação posterior, de 04 a 07 de dezembro, em Nazaré da Mata, distante 65 km da capital pernambucana.

Realizado pela Panela Produções Artísticas (Rosinha Assis), e Casa de Cinema (Carla Francine), e com incentivo do Funcultura, do Governo de Pernambuco, o Recifest tem programação totalmente gratuita e traz ainda as mostras Diva, com filmes de animação, e a Mostra Internacional. São produções premiadas e vindas do Brasil e de vários países, todos inéditos no Recife.

“Além de promover as obras audiovisuais, o festival ainda busca trazer dentro da programação uma série de eventos como performances, oficinas, debates e mostras em comunidades, escolas e presídios. O cinema é ferramenta fundamental na desconstrução da LGBTfobia, machismo, misoginia e qualquer outro sistema de opressão.”, explicam as produtoras do festival, Rosinha Assis e Carla Francine.

 Homenageados desta edição

Serão homenageados este ano o multiartista Jomard Muniz de Brito  e o Maracatu Rural feminino de Baque Solto Coração Nazareno. Nascido no recife em 1937, Jomard foi perseguido pelo golpe de 1964, resistiu com os seus atentados poéticos, livros e filmes, que revelam o tratamento da sexualidade por seu olhar transgressivo e subversivo como em Vivencial I (1974), Uma experiência didática, o corpo humano (1974), Toques (1975) e Jogos frutais frugais (1979).

Já o Maracatu Rural Feminino de Baque Solto Coração Nazareno foi fundado no dia internacional da mulher, 8 de março de 2004 pela Associação de Mulheres De Nazaré da Mata (Amunam). O maracatu inseriu mulheres numa brincadeira popular centenária, antes exclusivamente masculina, e ganhou vários prêmios culturais pelo seu pioneirismo.

Formado por cerca de 70 mulheres, dos 8 aos 80 anos, a maioria negras, muitas trabalhadoras rurais, e com algumas relacionamentos homoafetivos no grupo, numa das regiões do estado onde ainda se vê forte cultura machista e homofóbica, este grupo de mulheres é um exemplo de coragem para mulheres de todo o Brasil, na luta contra a violência e pelo respeito às opções de gênero e sexualidade e cidadania.

Comissão julgadora

Na mostra competitiva  a comissão julgadora foi formada pelos especialistas André Antônio (presidente), Anthony Ribeiro, Carol Almeida, Julia Katherine e Henrique Rodrigues Marques. ”Foi um grande desafio o processo de seleção. A produção nacional que trata sobre sexualidade, sobre questões de gênero, tem melhorado qualitativamente no Brasil”, explica o presidente da comissão, o cineasta André Antônio.

Ele explica que a mostra competitiva traz produções que experimentam novas formas narrativas que buscam os limites entre a ficção e o documentário e destaca os trabalhos que exploram bastante o uso da música. “Na seleção procuramos diversidade em termos de estados, tentando trazer um apanhado de filmes de todas as regiões do Brasil, e procuramos fazer com que a presença de realizadoras fosse marcante, assim como não só personagens negros, mas também realizadores negros”.

Ele destaca ainda, nos filmes selecionados, a presença de vários tipos de dissidências sexuais. “Não ficamos apenas na questão do gay e da lésbica, como normalmente nos festivais LGBT, mas a gente tentou contemplar outras formas de habitar o mundo que são mostradas em várias produções”, explica Antônio.

Mais informações no: www.recifest.com

PROGRAMAÇÃO GERAL – RECIFE

Programação Cinema São Luiz – Recife

Rua da Aurora, 175 – Boa Vista – Recife – PE

20/11 – Terça-feira

18h – ABERTURA

Mostra não-Competitiva de Curtas-metragens

Tea for two (Julia Katharine) – SP

Grito! Parte I: Mini Manifesto Feminista Interseccional em Imagens (Dandara de Morais) – PE

Kibe Lanches (Alexandre Figueirôa) – PE

Reforma (Fábio Leal) – PE

19h00 – Homenagem a Jomard Muniz de Brito

19h30 – Estréia em Avant-Premier do longa-metragem Nacional

Bixa Travesty (Claudia Priscila e Kiko Goifman) – SP

Debate com representantes do filme – Mediação: Anthony Ribeiro

21/11 – Quarta-feira

18h – Mostra não competitiva – Sessão Curtas Internacionais

Calamity (Séverine de Streyker e Maxime Feyers) – Bélgica

A Drop of Sun Under the Earth (Shikeith Cathey) – EUA

Silvia in the waves (Giovana Olmos) – Canadá

Tres (Fabia Castro) – Espanha

Princesa De Hielo (Pablo Guerrero) – Espanha

La Pureza (Pedro Vikingo) – Espanha

Goldfish (Yorgos Angelopoulos) – Grécia

19h40 – Mostra Competitiva de Curtas-Metragens

Sessão “Se fere minha existência, serei resistência”

Lillith (Edem Ortegal) – GO

Renan (Heloísa Bastos e Renan Santos) – BA

Não é só isso (Yasmin Rocha) – BA

Afronte (Bruno Victor e Marcus Azevedo) – DF

Desyrrê (Direção Coletiva) – PE

Tesão de Vaca (Núbia la Nena Callejera) – PE

Latifúndio (Érica Sarmet) – RJ

Debate com representantes dos filmes – Mediação: Julia Katherine

22/11 – Quinta-feira

18h – Mostra Competitiva de Curtas-metragens

Sessão: Que os nossos encontros nos curem

Onde mora o afeto (Josianne Diniz) – DF

SAM (Miguel Moura e Julia Souza) – RJ

Aqueles dois (Emerson Maranhão) – CE

Wonderfull: meu eu em mim (Dário Jr.) – AL

Iara (Cássio Pereira dos Santos e Erika Pereira dos Santos) – MG

Debate com representantes dos filmes – Mediação: Henrique Rodrigues Marques

19h40 – Mostra Competitiva de Curtas-metragens

Sessão: Obrigado, música, por sempre ter estado lá pra mim

BR3 (Bruno Ribeiro) – RJ

Superpina (Jean Santos) – PE

Verde Limão (Henrique Arruda) – RN

MC Jess (Carla Villa-Lobos) – RJ

Debate com representantes dos filmes – Mediação: André Antônio

23/11 – Sexta-feira

18h – Mostra Competitiva  de Curtas-Metragens

Sessão: Eu vou embora, mas eu volto

Vendo (João Vigo) – PE

Inconfissões (Ana Galizia) – RJ

Bala perdida (Sylara Silvério) – PE

Sr. Raposo (Daniel Nolasco) – GO

Jéssika (Galba Gogóia) – RJ

Debate com representantes dos filmes – Mediação: Anthony Ribeiro

19h40 – Mostra Competitiva  de Curtas-Metragens

Sessão: Um teto todo seu

Quanto craude no meu sovaco (Duda Menezes e Fefa Lins) – PE

A Cidade das Meninas (Paola Favaro) – SP

Transitar (Juliabe Balbino) – PE

Boca de Loba (Bárbara Cabeça) – CE

Estamos todos aqui (Chico Santos e Rafael Mellim) – SP

Debate com representantes dos filmes – Mediação: Carol Almeida

24/11 – Sábado

18h – HOMENAGEM Maracatu Coração Nazareno

18h30 – Mostra Internacional Div.A – Diversidade em Animação

La Mesa (Adrian Garcia Gomez) – EUA

Birds of a Feather (Dann Parry) – Reino Unido

The Fish Curry (Abhishek Verma) –  Índia

19h – Estréia Avant-Premier Longa-metragem Nacional

Sol Alegria (Mariah e Tavinho Texeira) – PB

Debate com representantes do filme – Mediação: André Antônio

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20h30 – PREMIAÇÕES

Programação Geral NAZARÉ DA MATA

Programação Auditório UPE – Campus Mata Norte

R. Amaro Maltês de Farias – Centro – Nazaré da Mata – PE

04/12 – Terça-feira

18h – Sessão “Se fere minha existência, serei resistência”

Lillith (Edem Ortegal) – GO

Renan (Heloísa Bastos e Renan Santos) – BA

Não é só isso (Yasmin Rocha) – BA

Afronte (Bruno Victor e Marcus Azevedo) – DF

Desyrrê (Direção Coletiva) – PE

Tesão de Vaca (Núbia la Nena Callejera) – PE

Latifúndio (Érica Sarmet) – RJ

Debate com curador Anthony Ribeiro

05/12 – Quarta-feira

18h – Mostra Competitiva de Curtas-Metragem

Sessão: Que os nossos encontros nos curem

Onde mora o afeto (Josianne Diniz) – DF

SAM (Miguel Moura e Julia Souza) – RJ

Aqueles dois (Emerson Maranhão) – CE

Wonderfull: meu eu em mim (Dário Jr.) – AL

Iara (Cássio Pereira dos Santos e Erika Pereira dos Santos) – MG

Debate com curador Anthony Ribeiro

19h30 – Sessão: Obrigado, música, por sempre ter estado lá pra mim

BR3 (Bruno Ribeiro) – RJ

Superpina (Jean Santos) – PE

Verde Limão (Henrique Arruda) – RN

MC Jess (Carla Villa-Lobos) – RJ

Debate com curador André Antônio

06/12 – quinta-feira

18h – Mostra de Curtas-Metragens – Sessão: Eu vou embora, mas eu volto

Vendo (João Vigo) – PE

Inconfissões (Ana Galizia) – RJ

Bala perdida (Sylara Silvério) – PE

Sr. Raposo (Daniel Nolasco) – GO

Jéssika (Galba Gogóia) – RJ

19h30 – Mostra de Curtas-Metragens – Sessão: Um teto todo seu

Quanto craude no meu sovaco (Duda Menezes e Fefa Lins) – PE

A Cidade das Meninas (Paola Favaro) – SP

Transitar (Juliabe Balbino) – PE

Boca de Loba (Bárbara Cabeça) – CE

Estamos todos aqui (Chico Santos e Rafael Mellim) – SP

Debate com curador Anthony Ribeiro

Rodas de Diálogos

04/12 – 14h às 16h30

Políticas e direitos da comunidade LGBTQ+

Palestrante: Robeyoncé Lima (Advogada, eleita vereadora pelo Recife)

05/12 – 14h às 16h30

A representação LGBTQ+ no cinema

Carol Almeida (Crítica e pesquisadora) e Anthony Ribeiro (Pesquisador)

Programação AMUNAM – Associação de Mulheres de Nazaré da Mata

Rua Cel. Manoel Inácio, 129 – Centro – Nazaré da Mata – PE

Oficina  “Documentando”

27/11 a 29/11 – 8h30 as 12h30

Ministrante: Marlom Meireles (Cineasta e oficineiro – PE)

FILMES

Longas-metragens convidados – Avant Premier em PE

Bixa Travesty(Claudia Priscila e Kiko Gifman) – Doc., 75min., 2018, RJ – 14 ANOS

Conheça a trajetória da cantora transexual Linn da Quebrada. Acompanhe também a cena musical produzida por artistas trans em São Paulo.

Sol Alegria (Mariah Teixeira e Tavinho Teixeira) – Ficção, 90 mi., 2018, PB – 18 ANOS

Enquanto o país está sob o jugo de uma junta militar e pastores corruptos pregam o apocalipse, uma família excêntrica e sem lei – uma espécie de “Bonnie & Clyde” com crianças – caminha pelo interior brasileiro. Seu primeiro objetivo é entregar uma remessa de armas a um grupo de freiras militantes que se retiraram para a selva, vivendo da renda de sua plantação de cannabis.

Curtas concorrentes ao Prêmio Filme Nacional

A cidade das meninas (Paola Favaro) – Documentário, 20’36”, 2017, SP – 16 ANOS

O Jardim Itatinga foi criado nos anos 70, durante a ditadura militar, a fim de afastar toda a prostituição para fora do centro de Campinas (SP). O bairro se tornou uma das maiores zonas de prostituição da América Latina, aonde mais de mil mulheres trabalham em menos de 10 ruas. “A cidade das meninas” retrata essa dinâmica particular através das histórias e depoimentos que ali se entrecruzam.

 

Afronte (Bruno Victor e Marcus Azevedo) - Experimental, 15’, 2017, DF – LIVRE

Ficção e documentário se cruzam para mostrar o processo de transformação e empoderamento de Victor Hugo, um jovem negro e gay, morador da periferia do Distrito Federal. Seu relato se mistura aos depoimentos de outros jovens, cujas histórias revelam diferentes formas de resistência, encontradas em discursos de valorização do negro gay.

Aqueles dois (Emerson Maranhão) – Documentário, 15’, 2018, CE – 12 ANOS

Não tem ainda – filme em finalização

Caio José tem 25 anos e é enfermeiro, Kaio Lemos tem 38 e é pesquisador acadêmico. Eles têm boa formação intelectual, amigos, família e em nada se diferenciariam dos tantos rapazes que vivem realidades similares não fosse pelo fato de serem homens transgêneros, condição determinante para os rumos que tomaram suas vidas.

 

Boca de loba

(Bárbara Cabeça) – Ficção, 19’, 2018, CE – 12 ANOS

Pressões assediadoras das ruas. E um grupo de mulheres procura pela invocação de um espírito selvagem urbano.

BR3 (Bruno Ribeiro) – Ficção, 20’, 2018, RJ – 14 ANOS

Kastelany chega na casa da Luciana. Mia se prepara para sair à noite com suas amigas. Dandara transa com Johi pela primeira vez.

Estamos todos aqui (Chico Santos e Rafael Mellim) – Ficção, 19’, 2017, SP – 14 ANOS

Rosa nunca foi Lucas. Expulsa de casa, ela precisa construir seu próprio barraco. O tempo urge enquanto um projeto de expansão do maior porto da América Latina avança, não só sobre Rosa, mas sobre todos os moradores da Favela da Prainha.

Iara (Cássio Pereira dos Santos e Erika Pereira dos Santos) – Ficção, 16’, 2018, MG – LIVRE

Bárbara (31) vive com a filha Diana (6) no interior de Minas Gerais. Quando chega o final de semana, mãe e filha pegam a estrada e fazem um piquenique às margens de uma represa. Aos poucos, o que parece um passeio qualquer revela-se um reencontro delicado. Um cotidiano perdido tenta se reconstruir no silêncio da mata.

 

Inconfissões (Ana Galizia) – Documentário, 20’, 2017, RJ – 16 ANOS

Luiz Roberto Galizia foi uma figura importante para a cena teatral nas décadas de 1970 e 1980. Foi, também, um tio que não conheci. Este documentário procura um resgate do vivido, a partir do registro feito em fotografias e filmes super 8 pelo tio Luiz e encontrado por mim 30 anos depois da sua morte.

 

Jéssika

(Galba Gogóia) – Ficção, 18’44”, 2017, RJ – LIVRE

Jéssika é uma travesti. Anos depois de deixar o interior do Nordeste, retorna para sua cidade natal. Ela reencontra sua história e a si mesma.

 

Latifúndio (Érica Sarmet) – Experimental, 11’, 2017, RJ – 18 ANOS

O corpo não é apenas matéria, mas uma contínua e incessante materialização de possibilidades.

 

Lilith (Edem Ortegal) – Ficção, 20’, 2018, GO – 18 ANOS

Lilith teria sido a primeira mulher da humanidade, mas foi expulsa do paraíso e amaldiçoada para sempre por se opor ao sistema patriarcal do reino dos céus. Agora ela está de volta, com seus servos e sua sede de vingança para destruir a ordem criada por Deus e pelo Diabo.

MC Jess (Carla Villa-Lobos) – Ficção, 20’, 2018, RJ – 16 ANOS

Jéssica tem que enfrentar o preconceito cotidiano. Encontra na arte uma forma de se expressar e superar suas inseguranças.

 

Não é Só Isso (Yasmin Rocha) – Documentário, 25’, 2018, BA – 10 ANOS

“Não é só isso” é um filme sobre Nahla, mulher transexual, militante e mais conhecida por mim como amiga. Funciona como um espaço para ela dizer o que pensa e como se sente sobre a existência.

Onde mora o afeto

(Josianne Diniz) – Documentário, 16’27”, 2018, DF – 12 ANOS

Dandy e Danilo são namorados e moradores do Sol Nascente, bairro periférico de Brasília. A narrativa tem como fio condutor o relacionamento entre eles, em que é possível perceber pertencimentos, inseguranças, descobertas e desencontros. Este documentário retrata o dia a dia desses jovens que constroem afetos e a si mesmos.

 

Renan (Heloísa Bastos e Renan Santos) - Documentário, 5’,2017, BA – LIVRE

Ela não, ELE!

Sam (Miguel Moura e Julia Souza) – Ficção, 8’30”, 2017, RJ – 14 ANOS

Julia quer implodir 

 

Sr. Raposo(Daniel Nolasco) – Documentário, 20’, 2018, GO – 18 ANOS

Em 1995 Acácio teve um sonho, ele andava de mãos dadas com um homem e uma mulher por um campo todo verde.

  

Verde limão (Henrique Arruda) – Ficção, 17’45”, 2018, RN – 16 ANOS

Prestes a entrar no palco pela última vez, uma veterana Drag Queen revisita todas as cicatrizes que formam o seu carnaval. 

 

Wonderfull – meu eu em mim (Dário Jr.) – Documentário, 20’, 2016, AL – LIVRE

Nem sempre os começos são felizes, mas isso não importa para Natasha Wonderfull, pois ela sabe que o que a define são suas escolas e quem deseja ser. 

Curtas concorrentes ao Prêmio Filme Pernambucano

Bala perdida (Sylara Silvério) – Videoarte, 4’22”, 2017, PE – LIVRE

Uma dispara sem querer. Outra é pega sem saber. Existir é um tiroteio, e os olhos são as armas. Mulheres, urbanas, negras, lgbt’s e periféricas são alvos móveis todo dia. Mas quando só os olhos atingem sobra vida pra contar a história. E onde há vida há desencontro, porque, além de tudo, elas são comuns. Só que resistem.

Desyrrê (Direção Coletiva) – Documentário, 12’08”, 2018, PE – LIVRE

Dos caminhos, dos rumos, destinos e desatinos percorridos e das (re)existências pelo Sertão do Pajeú, a força da Desyrrê nos inspira! Mulher sertaneja de pulso firme se faz poesia entre nós, tem uma vida/morte severina transgressora, com brilho nos olhos, vaidade para abraçar o melhor da vida e garra para enfrentar seus medos, os preconceitos e as adversidades. Seu salto alto lhe empodera e do alto dele ela reina absoluta, é divina, diva apoteótica, prece subversiva, oração em forma de prosa.

  

Quanto craude no meu sovaco (Duda Menezes e Fefa Lins) – Experimental, 3’40”, 2017, PE- 18 ANOS

Todo mundo tem algo pra falar sobre o meu sovaco. Que craude!

 

Superpina (Jean Santos) – Ficção, 20’, 2017, PE – 16 ANOS

Entre prateleiras e estoques, clientes e funcionárixs de um pacato supermercado irão experimentar o “Amor Primo”.

 

Tesão de vaca (Núbia la Nena Callejera) – Videoarte, 2’, 2017, PE – 14 ANOS

Um deputado do estado de Pernambuco propõe um projeto de lei que impede qualquer expressão artística de “conteúdo pornográfico”. É quando uma criatura híbrida invade uma das sessões ao vivo da câmara. Nem homem, nem mulher, nem vaca, a criatura não-humana destruiu o falo como autor do prazer e sujeito do desejo, para encontrar na sua comida antiespecista alimentação para outro orifícios. O resultado é a arma mais potente contra o heterocapitalismo: seu gozo anti humanista.

 

Transitar (Juliabe Balbino) – Experimental, 3’09”, 2018, PE – LIVRE

Encontro. Transcender as percepções no contato entre corpos discidentes e marginalizados, transpassando dimensões do tempo-espaço enquanto transita nas ruínas do passado. Veio, foi, será. Permanecerá contínua…

Vendo (João Vigo) – Ficção, 19’ ,2018, PE, 14 ANOS

Suzana quer vender o sítio para ir morar na cidade. Antônio, seu marido, não. O comprador chega e é recebido muito bem por ambos.

Mostra não competitiva de Curtas

Tea for two (Julia Katharine) – Ficção, 25’, 2018, SP – 10 anos

Silvia é uma cineasta de meia idade em crise com sua vida. Na mesma noite em que é surpreendida pela visita da ex-esposa, que a largou há alguns anos, conhece uma outra mulher que a fascina.

Grito! Parte I: Mini Manifesto Feminista Interseccional em Imagens (Dandara de Morais) – Ficção, 23’26”, 2018, PE – 12 ANOS

Em uma conversa, 4 mulheres compartilham suas angústias e vivências sobre relacionamentos abusivos. Do fundo da garganta, pertinho do coração, Mini Manifesto Feminista Interseccional em Imagens, é o primeiro Grito! Estando juntas, elas não se calam mais. calamos mais, e iniciam uma saga contra todo e qualquer tipo de opressão.

Kibe Lanches (Alexandre Figueirôa) – Documentário, 18’, 2017, PE – 16 ANOS

Na década de 80, o restaurante Kibe Lanches, no bairro do Pina, no Recife, vendia pratos da cozinha árabe. Nas sextas, à noite, transformava-se num alegre ponto de encontro, cuja principal atração eram as rolinhas do Barão.

Reforma (Fábio Leal) – Ficção, 15’, 2018, PE – 18 ANOS

Saindo com um rapaz diferente a cada dia, Francisco revela à amiga Flávia que está insatisfeito com seu corpo gordo. Ela o ouve, mas tem dificuldade para entender a dimensão do problema do amigo.

Curtas Mostra Internacional

A Drop of Sun Under the Earth (Shikeith Cathey ) – Ficção, 8’43’’, 2017, EUA

Um rapaz que luta com sua atração é atormentado por visões intensas e bizarras.

Calamity (Séverine de Streyker e Maxime Feyers) – Ficção, 21’ , 2017, Bélgica

França encontra a namorada do filho pela primeira vez. Ela perde o controle…

Goldfish (Yorgos Angelopoulos) – Ficção, 14’, 2017, Grécia

Um jovem garoto acha que seu novo peixinho é gay, para o horror de seu pai conservador.

La Pureza (Pedro Vikingo) – Documentário, 9’, 2018, Espanha

Um documentário de tirar o fôlego sobre as vidas e sonhos de cinco pequenas crianças. Elas estão passando pela mudança mais importante em suas vidas e, através de suas histórias, podemos refletir sobre questões tão importantes quanto o que nos define como pessoa.

Princesa De Hielo (Pablo Guerrero) – Ficção, 15’12’’, 2017, Espanha

Poucos dias antes da Epifania, Antonio e Carmen leram a carta que seu filho escreveu para os três Reis Magos. Um presente muito especial na lista da criança testará as convicções e o amor dos pais.

Silvia in the waves (Giovana Olmos) – Ficção, 12’, 2017, Canadá

Noa e Mireille se comprometem com a dolorosa responsabilidade de organizar as exéquias para Jean, amado marido e pai que se identificou como mulher durante os últimos meses de sua vida. A vigília traz uma decisão de vestuário que ameaça a cumplicidade da dupla mãe e filho.

Tres (Fabia Castro) – Documentário, 9’, 2017, Espanha

Manuela é uma atriz disposta a qualquer coisa para conseguir um papel.

Curtas Mostra InternacionalDiv.A – Diversidade em Animação

Birds of a Feather (Dann Parry) Animação, 4’30”, 2017, Reino Unido

Como você esconde transformações estranhas do seu corpo de seu amante?

La Mesa (Adrian Garcia Gomez) Animação, 9’45’’, 2018, EUA

La Mesa explora as interseções de memória, identidade e desejo queer. Recria histórias fragmentadas e romantizadas de uma infância no México rural, contada pelo pai do cineasta. Essas vinhetas desconexas estão entrelaçadas com reencenações de cenas da cultura popular. O cineasta se lança nos filmes mexicanos antigos e westerns americanos que ele cresceu assistindo com sua família na California. Ele aparece como o protagonista romântico frente aos atores masculinos, incluindo Pedro Infante, herói nacional mexicano e paixão de infância do cineasta. As animações são colocadas sobre filmagens da antiga casa da família no México, que agora está vazia, lentamente sendo consumida pela paisagem circundante. Ao centrar o desejo queer na história de sua família, o cineasta valida suas experiências de infância enquanto desafian representações populares de masculinidade, bem como noções tradicionais de poder e vulnerabilidade.

The Fish Curry (Abhishek Verma) Animação, 12’02”, 2017, Índia

O jovem Lalit Ghosh, 28, decide se assumir para seus pais. Ele está apaixonado por um homem, seu parceiro de quarto, Ashutosh Gautam. Ele planeja seu dia cozinhando o prato favorito do seu pai, o tradicional peixe ao curry (Maacher Jhol), aprendendo com um famoso programa de rádio. Ele prepara o prato com esforço e serve ao pai o delicioso peixe ao curry e confronta sua sexualidade sobre a mesa de jantar. A família que aceita um indivíduo como homossexual é uma tarefa difícil, especialmente para os pais. A estrutura da sociedade e preconceitos relacionados à homossexualidade é enorme em torno de nós, especialmente na Índia. A aceitação da sua sexualidade por pessoas fechadas é muito importante para um indivíduo. O pai de Lalit vai adorar o delicioso peixe ao curry?