Atração por atração – Praça Cultural Mestre Dominguinhos

Mourinha do Forró – Cantor natural de Correntes, em Pernambuco, que começou a cantar aos 13 anos, tendo até hoje como inspiração a obra de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

O músico, que atualmente mora em Garanhuns, também tem como ídolos Jackson do Pandeiro, Trio Nordestino, Jorge de Altinho e Alcimar Monteiro. Após iniciar a vida musical se apresentando em shows de calouros locais, aos 18 anos Mourinha montou seu primeiro trio de forró, cantando normalmente em sítios – à luz de candeeiros –, em festas escolares, casamentos e eventos realizados pelas zonas rurais.

O cantor morou em São Paulo por 22 anos, trabalhando durante o dia e se apresentando nas noites paulistanas. No Rio de Janeiro, onde passou 1 ano, realizou uma turnê. Ao voltar para o Nordeste, consagrou seu nome entre os músicos do Forró pé-de-serra. Mourinha também já gravou com grandes nomes da música popular, como Dominguinhos, Jorge de Altinho, Petrúcio Amorim, Santana, Gennaro, Alcimar Monteiro, Zé Duarte e Zezinho de Garanhuns. Seu mais recente trabalho é o CD “Tributo aos 100 anos de Gonzagão”.

Nádia Maia – A carreira da cantora se iniciou com a experiência como vocalista da banda recifense de baile Alcano. Logo depois, Nádia ganhou o primeiro lugar do festival Canta Nordeste/1995, da Rede Globo/NE, com a canção Meninos do Sertão de Petrúcio Amorim e Maciel Melo. Com a vitória, vem a notoriedade no cenário artístico nordestino.

Já no ano seguinte, a cantora grava dois CDs, “Nádia Maia” (1996), gravado na Estação do Som no Recife, seu primeiro trabalho com os ritmos pernambucanos, e “Nádia Axé” (1996), lançado pela gravadora portuguesa Sonovox, exclusivo para o mercado europeu, que rendeu vários shows pela França, Espanha e Portugal.

Sua voz está registrada em vários CDs com coletâneas de carnaval, entre eles “Asas da América” (1997), do produtor Carlos Fernando; “Olinda Quero Cantar” (1998), com o frevo Espelho Doido de J.Michilles; e o projeto “Viva Capiba” (2000), da Prefeitura da Cidade do Recife.

Dona de uma voz vigorosa, marcante, brejeira, que se adapta bem aos ritmos nordestinos, Nádia Maia tem se destacado como uma das grandes intérpretes da música nordestina. A artista cativa sem fazer esforços, cantar para ela é coisa tão natural que mais parece uma conversa com o público.

Targino Gondim – sanfoneiro, cantor, compositor, curador e criador, em parceria com Celso Carvalho, do Festival Internacional da Sanfona. O artista, vencedor do Grammy e do Prêmio da Música Brasileira, já possui mais de 20 anos de carreira.

Para Targino, tudo começou quando ele ainda era um menino. Em Juazeiro, onde aprendeu a tocar sanfona, inspirado no maior ícone do instrumento, Luiz Gonzaga, já dedilhava acordes de “A Vida do Viajante” e “Numa Sala de Reboco”, além do clássico “Eu Só Quero Um Xodó” de Dominguinhos, mestre que tocou junto com Gondim em várias ocasiões.

A música “Pra se Aninhar” foi lançada no primeiro álbum gravado por ele, tornando-se um sucesso. Venceu o Grammy 2001 com a canção “Esperando na Janela”, que também ganhou a voz de Gilberto Gil e deu ao artista espaço no longa brasileiro, “Eu, Tu, Eles”. Durante turnê em Portugal, em novembro de 2007, Targino Gondim gravou especial para o canal Música Brasil, exibido pela TVTEL da Rede Brasileira de Televisão Internacional (RBTI), para toda Europa.

Em 2009 lançou o projeto Canções de Luiz, trabalho que lhe rendeu o prêmio de Melhor Cantor no 21º Prêmio da Música Brasileira 2010 (antigo Prêmio Tim de Música). Durante o III Festival Internacional da Sanfona Targinolança o seu primeiro CD instrumental Chorando Mais Eu, com músicas como AdiosNonino, Libertango, Princesinha do Choro, Wave entre outras, e com participações especiais de grandes acordeonistas como Hector Del Curto (Argentina), Oswaldinho do Acordeon e Renato Borghetti (Brasil).

Andrea Amorim – Com 17 anos de carreira, a cantora e compositora (também jornalista) Andrea Amorim gravou sete CD’ s independentes e autorais no estilo rock pop, e, na maioria dos festivais de música que participou no interior de seu Estado, arrebatou quase todos os prêmios, dentre eles, o primeiro lugar geral no Festival de Música e Arte de Garanhuns, que, na época, era o evento com a maior premiação do Brasil, nesse segmento.

Em maio de 2009, um vídeo seu foi indicado por Nil Bernardes para o quadro Garagem do Faustão, da TV Globo. Logo em seguida, foi entrevistada por Jô Soares, na mesma emissora.

Em 2011, Andrea mudou-se para o Rio de Janeiro e firmou parceria com a Gravadora Albatroz, de Roberto Menescal, quando gravou um disco de rock autoral, gravado também em inglês, japonês e espanhol, para o mercado internacional. Nesse disco, no meio de suas composições, Andrea gravou uma música de Marcos Valle, onde divide vocais com Lenine. Logo após a gravação desse CD, ela iniciou a sua carreira internacional. Viajou duas vezes para os Estados Unidos, onde foi receber o Prêmio Rising Star, conferido aos novos talentos brasileiros, e, em outra oportunidade, cantou ao lado de Marcos Valle, no evento Press Award. Em setembro, viajou para o Japão, onde se apresentou nos eventos Brazilian Day e Press Award. Em dezembro, a convite do produtor japonês Marcos Sussumu (Didi,da Nanbei Service), retornou ao Japão, onde fez uma turnê de 21 apresentações por todo o país, durante 30 dias.

Quando voltou do Japão, depois de ter conhecido de perto o amor que os japoneses têm pela bossa nova e por Roberto Menescal e, por sugestão do produtor japonês, Andrea resolveu homenagear o seu padrinho, que estava completando 75 anos de vida, gravando o CD Bossa de Alma Nova. Menescal abraçou inteiramente a ideia e não somente produziu, como participou de todo o disco. Foi assim que a roqueira pernambucana se tornou parceira de Menescal! Durante três anos, fizeram shows por todo o Brasil e composições juntos. O CD Bossa de Alma Nova esteve entre os cem melhores discos de Música Brasileira já lançados no Japão, registrado no livro “A verdadeira história da Bossa Nova”, do japonês Willie Whopper.

Em março de 2014, Menescal e Andrea se apresentaram no Programa Encontro, de Fátima Bernardes, e, em junho foi ao ar o Som Brasil Bossa Nova, onde Andrea participou com Menescal da faixa Rio, que abriu o programa. Posteriormente, foram destaque no Programa Todo Seu, apresentado por Ronnie Von, na TV Gazeta. Em outubro, gravaram o DVD Bossa de Alma Nova.

Além do Projeto Bossa de Alma Nova, Andrea gravou em 2014, um CD de rock, com músicas autorais e inéditas, intitulado Doce Divã. Em 2015, voltou para sua terra natal, dando continuidade à sua carreira solo, e em julho de 2016, fez uma turnê pela Europa, com realização da Soul Tonic (produtora inglesa, de Dave Holmes) e apoio local da AP Produções (da produtora Ana Paula Ferreira Freitas), onde passou por quatro países: Inglaterra, Bélgica, Holanda e Portugal.

Cezzinha – cantor, compositor, sanfoneiro e autodidata, Cezzinha começou a carreira aos 13 anos de idade, com o incentivo do pai. Filho de um técnico de TV e de uma dona de casa, o músico tocou nas ruas, nas praças e nos ônibus do Recife para ajudar financeiramente a família.

Cezzinha começou tocando, ainda na adolescência, na Orquestra Sanfônica, no Recife. Na sequência, a convite de Terezinha do Acordeon, realizou uma série de apresentações por todo o estado de Pernambuco.  Em um estúdio, com 14 anos de idade, foi apresentado a Dominguinhos, que, impressionado com seu desempenho, o apadrinhou musicalmente, chegando, inclusive, a abrigá-lo em sua casa em São Paulo (SP).  A partir de então, passou a apresentar-se ao lado de nomes como Elba Ramalho, Belchior, Antônio Carlos Nóbrega, Geraldo Azevedo, Margareth Menezes, Marinêz, Daniela Mercury, Santanna, Maciel Melo e Jorge de Altinho. Para alguns deles também trabalhou como arranjador posteriormente.  Apresentou-se na Rede Globo de Televisão no “Programa do Jô”, ao lado de Genival Lacerda, e no Big Brother Brasil 3, ao lado de Elba Ramalho. Internacionalmente, apresentou-se, como sanfoneiro, no “Brazilian Day”, em Nova Iorque, nos EUA, e em países como Turquia, Itália, Portugal, França e Albânia, acompanhando diferentes artistas em suas respectivas turnês internacionais.  Em 2005, apresentou-se na França como representante da cultura regional pernambucana, no “Ano do Brasil na França”.

Em 2007, apresentou-se ao lado de Dominguinhos na festa de São João de Caruaru (PE), onde ele foi apresentado pelo mestre sanfoneiro como o novo grande nome do forró. Apresentou-se, na também no “Festival de Jazz” de Garanhuns (PE).  Em 2008, lançou seu primeiro CD solo, “Convidando a transbordar”, com a maioria das faixas próprias. Em 2009, trabalhou como arranjador no CD “Balaio de amor”, de Elba Ramalho, com quem manteve relacionamento amoroso. O disco ganhou o prêmio Grammy Latino daquele ano.  Em 2010, sua parceria com Nando Cordel “É só você querer” foi gravada por Elba Ramalho e escolhida como trilha sonora da novela “Caras e Bocas”, exibida pela Rede Globo de Televisão.  Em 2012, lançou seu segundo álbum, “Porque tem que ser assim”, de forma independente, novamente com faixas próprias, que foram “Um anjo pra cuidar de mim” e “Um romance de novela”, parcerias com Nando Cordel; “Já com saudade”, “Deixa de sofrer”, e “Gostando de mim”, parcerias com Clodo Ferreira; e a faixa-título, “Porque tem que ser assim”, parceria com Chico Pessoa.

Dorgival Dantas – é um cantor, compositor, instrumentista e produtor musical brasileiro conhecido como “O Poeta”, por suas músicas serem verdadeiras poesias de amor. Aprendeu a tocar acordeon com seu pai, começando a fazer apresentações aos 14 anos. Juntou-se ao Grupo Show Terríveis de Natal como tecladista. Oito anos depois, passou a integrar a banda da dupla Sirano & Sirino.

Nos anos 90, produziu álbuns de diversas bandas de forró. Em 1999, passou a fazer parte da Banda Pirata, grupo que no ano seguinte fez uma turnê em homenagem aos quinhentos anos do Brasil, começando na cidade do Porto e terminando em Porto Seguro.

Já teve canções gravadas por artistas e bandas como Cristiano Araújo, Michel Teló, Calcinha Preta, Aviões do Forró, Alexandre Pires, César Menotti e Fabiano, Maria Cecília & Rodolfo, Jorge e Mateus, Gabriel Gava Marcos & Belutti, Flávio José, Waldonys, Rastapé, Felipe Araújo Frank Aguiar, Gretchen, além de diversas bandas de forró.

Além disso, teve uma honra que poucos artistas tiveram: uma canção sua cantada por Roberto Carlos durante um Roberto Carlos Especial. O Especial era o de 2009, e a canção, Você Não Vale Nada. No dia 24 de julho 2013 ele gravou seu primeiro DVD oficial em fortaleza com seus maiores sucessos. Dorgival Dantas participou também das gravações do longa-metragem “Shaolin do Sertão”, no estado do Ceará.

Discografia: O Homem do Coração (Universal Music – 2006) / Primeiro Passo (2007) / Turnê 2008 (2008) / Sanfona e Voz (2012) / Simplesmente Dorgival – Ao Vivo – (2013).

Gennaro – pode-se dizer que o alagoano de  Taquaranas – que aos 12 anos de idade ganhou sua primeira sanfona de seu pai também sanfoneiro – é uma marca registrada do forró pé de serra. Cantor, compositor e sem sombra de dúvida um genial sanfoneiro,  não foi à toa que substitui Mestre Lindú à frente do Trio Nordestino e por 11 anos manteve o trio nas paradas de sucesso.

Os Nonatos – uma dupla de repentistas populares brasileiros: Nonato Neto (Cachoeira dos Índios, Paraíba) e Nonato Costa (Santana do Acaraú, Ceará). Mais de 35 bandas já interpretaram Os Nonatos, a exemplo de Mastruz com Leite, Wesley Safadão, Cheiro de Menina, Aviões do Forró, Solteirões, Caviar com Rapadura, Saia Rodada, Cavaleiros do Forró, Forró do Muído, Francis Lopes.

Devido ao sucesso que faz na Paraíba e regiões fronteiriças, como o Sertão do Pajeú, a dupla já foi homenageada em várias cidades. Em 2006, receberam o título de Cidadãos Itapetinenses, concedido pela Câmara Municipal de Itapetim.

No mesmo ano, foi a vez de Cachoeira dos Índios lhes conceder o mesmo título, bem como o de Cidadão Benevolente. Em 2008, receberam a mesma homenagem em Cajazeiras. Em 2009, Cidadãos Pessoenses (João Pessoa).

São considerados uma das melhores duplas de repentistas da atualidade.

Alcymar Monteiro – cantor e compositor brasileiro de forró e frevo. É considerado um dos grandes intérpretes da música nordestina, mais especificamente do forró tradicional, sendo conhecido como o Rei do Forró.

O músico nasceu no distrito de Ingazeiras, em Aurora, no Ceará, e se mudou para Juazeiro do Norte, onde passou sua infância. Estudou música no Conservatório Alberto Nepomuceno, em Fortaleza. Porém foi no Recife, onde reside atualmente, que Alcymar Monteiro conseguiu se destacar no cenário musical.

Pesquisador dos ritmos nordestinos, Alcymar faz um trabalho versátil sem perder o foco na autêntica música nordestina. Em mais de três décadas de carreira já teve suas músicas gravadas por grandes nomes da MPB como Zé Ramalho e Alceu Valença. Já fez duetos com Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Elba Ramalho, Marinês entre outros. Assim como os seus contemporâneos Oswaldinho, Flávio José, Assisão, Jorge de Altinho e outros, Alcymar Monteiro é um artista que agregou novos elementos ao forró. As mudanças ocorreram na instrumentação (acrescentou percussões, metais, novos vocais, etc.), na forma musical (adição de vocalizações, coro com vozes do próprio cantor), nos arranjos (ampla diversificação instrumental em vários discos e shows), no figurino (estabelece a cor branca como base do seu figurino, em contraponto às tonalidades do couro estabelecida por Luiz Gonzaga), na interpretação, nos ritmos, na performance e nas temáticas das letras (busca uma leitura mais abrangente do Nordeste, não se reportando apenas ao Sertão, mas estendendo-se às manifestações culturais de diversos estados nordestinos).

No entanto, Alcymar Monteiro não se restringe à música; ele tem sido também um corajoso ativista político no mercado nordestino. Tudo começou nos anos 1990, quando Alcymar tornara-se o que podemos chamar de porta-voz das vaquejadas que despontavam como uma das mais populares manifestações em todo o Nordeste e em outras regiões do Brasil.

Fulô de Mandacaru – surgiu em 2001, na época Pingo Barros com 10 anos, Armandinho do Acordeon com 15 anos e Diego César (ex-componente) com 15 anos. Começaram tocando no São João de Caruaru e em festas de amigos, conquistando o público forrozeiro. No ano de 2004 surgiu a grande oportunidade de subirem ao palco principal do São João de Caruaru, abrindo as festividades oficiais. Esse fato foi o divisor de águas na carreira dos Garotos Bons de Forró, pois daí em diante começaram a se apresentar em todo o Nordeste, levando a música autêntica nordestina.

Em 2005 fizeram sua primeira Turnê Internacional, na França, realizando 10 shows no período de 27 dias, onde participaram do Festival LE GRAND SOUFFLET juntamente com Renato Borguetti, Silvério Pessoa e uma gama de artistas Internacionais.

Com 15 anos de estrada, sete CD’s e três DVD’s lançados, a Banda Fulô de Mandacaru passou por vários palcos e festivais importantes ao longo de sua carreira, com a mesma autenticidade, cantando de chapéu de couro, lenço no pescoço e alpargata de rabicho. É sem dúvida uma referência na cultura popular, pois canta suas músicas e reverencia os nossos ícones.

No ano de 2016 veio a grande consagração e sucesso nacional, com o título de Campeã do Programa SUPERSTAR (Globo) e um contrato com a gravadora Som Livre, emplacando três sucessos (músicas) nas rádios e TV’s: “Fulô de Mandacaru Chegou”, “São João de Outrora” e “Só o mie”. Com uma média de 25 shows por mês, estão levando o novo show numa turnê pelo Brasil.

O novo DVD “Somos Todos Fulô de Mandacaru” lançado pela gravadora Som Livre já é um grande sucesso, tendo em vista o brilhantismo da banda na TV, Rádio e principalmente nas redes sociais. A música “Quando o Homem Chora” já está entre as mais pedidas do Brasil. O DVD foi gravado em Caruaru - PE para mais de 100 mil pessoas no dia 24/06/2016, ou seja, dois dias anteriores à grande final do Programa SUPERSTAR (Globo). É sem dúvidas um trabalho marcado pela emoção e energia dessa carismática banda Pernambucana.

Um grande diferencial da Banda Fulô de Mandacaru são as parcerias e projetos desenvolvidos ao longo dos anos. Quanto às parcerias, desenvolvem um trabalho educativo e cultural em Escolas, Hospitais, Presídios, dentre outros locais, com o objetivo de conscientização e socialização da Cultura Popular para pessoas que não conseguem ter acesso ao nosso bem cultural.

Esse compromisso com a Educação e Cultura, dar-se também, pelo fato da formação acadêmica dos componentes da banda. Armandinho do Acordeom é Doutorando em Educação pela Universidade Federal da Paraíba; Tiago Muriê (triângulo), é Professor com formação em Letras; Pingo Barros (zabumba), é acadêmico do curso de Direito. Com essa mistura entre Educação e Cultura, a Banda Fulô de Mandacaru vem desenvolvendo um trabalho diferenciado e com uma identidade marcante na musicalidade brasileira.

Flávio José – é um cantor, compositor e sanfoneiro brasileiro, intérprete de músicas tradicionais do forró pé-de-serra nordestino, seus principais sucessos são “Caboclo Sonhador”, “Tareco e Mariola” e “Caia Por Cima de Mim”.

Iniciou-se como cantor desde os sete anos de idade e tem como principais influências Luiz Gonzaga e Dominguinhos.

Falamansa – A história da banda começa em 1998, no último dia de inscrição para o 3º Festival de Música do Mackenzie. Tato, hoje autor e vocalista da banda , era DJ de forró e já tinha algumas composições próprias. Decidiu inscrever uma delas (“Asas”) no festival. Porém havia um pequeno problema… Ele não tinha uma banda! “Entrei na sala de inscrições, estavam todos muito exaltados e eufóricos com o evento, falando alto e ao mesmo tempo” lembra Tato. “Quietinho, entreguei a ficha de inscrição junto com uma fita cassete, agradeci e virei as costas. Quando estava saindo, ouvi: Espera aí, falta o nome da banda! Com toda aquela bagunça, eu não pensei duas vezes e respondi: é FALAMANSA!

O nome era tão perfeito que o cara respondeu: “Legal, é a sua cara”. Resultado: quatro dias depois o Falamansa, que até então não existia, estava entre os 20 convocados dos 160 grupos inscritos no festival. Tato lembrou do Alemão, amigo DJ que tocava zabumba. Alemão, por sua vez, chamou o vizinho que tocava triângulo, o Dezinho. Junto com eles, uma flautista e um baixista que fizeram parte da primeira formação da banda. Ensaiaram duas tardes e “Asas” faturou o segundo lugar no evento. Aí entrou em cena o experiente Josivaldo Leite, o Waldir do Acordeon, que já havia tocado com feras como Osvaldinho do Acordeon e Jorge de Altinho. Estava completa então a notória formação da banda que se mantem até o presente momento.

A DECKdisc não resistiu ao ouvir o CD independente que eles gravaram em Janeiro de 2000 e lançou “Deixa Entrar…”, distribuído pela Abril Music . O disco, que saiu com 21 mil cópias, atingiu a vendagem de mais de 900 mil cópias em 1 ano, caminhando para o disco de Diamante. Trazendo entre outras “Rindo à toa”, hoje já um clássico da música brasileira. Falamansa, que começou tocando todas as terças na casa de show Remelexo em Pinheiros, São Paulo, atualmente lota shows para milhares de pessoas de norte a sul do país, onde seus shows viram CDs piratas vendidos pelos camelôs. O FALAMANSAmistura o carisma e a alegria do forró jovem, sem desprezar as raízes.

Cantoria Agreste – projeto que reúne músicos pernambucanos com a tarefa de reverenciar o Mestre Dominguinhos, com repertório completamente inspirado no universo do compositor. Qual o lugar cabe ao agreste no imaginário da cultura popular brasileira? Região de transição entre o sertão e o litoral, promove o diálogo da ciranda com o baião, da caatinga com o que restou de mata atlântica. O agreste olha pra fora e pra dentro ao mesmo tempo. É o Brasil que não dá as costas ao país. É um sentimento. A melodia de Luiz Gonzaga com a poesia de Carlos Pena Filho. É o cancioneiro do mestre Dominguinhos.

É esse estado de espírito que guia o projeto Cantoria Agreste, encontro musical entre quatro amigos. Quatro músicos marcados de diferentes formas pelas composições de Dominguinhos. Quatro artistas nordestinos influenciados por sua terra, orgulhosos de suas raízes. Violão, viola, sanfona e voz unidos para homenagear um dos artistas mais versáteis do Brasil.

Como uma travessia, o repertório apresentado no projeto Cantoria Agreste vai da dureza do sertão nordestino à leveza das praias pernambucanas. Fincando morada numa região de transição, traz uma sonoridade ao mesmo tempo forte e doce, incisiva e sutil. O Agreste apresentado não é apenas uma região, é uma matéria estética.

Os músicos reunidos nesta Cantoria trazem consigo influências musicais muito afinadas com a tradição da canção popular brasileira que foi desenvolvida no nordeste dos anos 1970 e 1980. Uma tradição que tem em Luiz Gonzaga um de seus pais criadores, mas que encontra em Dominguinhos seu principal representante.

Não por acaso, o compositor agrestino, natural de Garanhuns, é o ponto de encontro entre Gennaro, ex-integrante do Trio Nordestino, João Netto, que compunha a banda do homenageado, Marcelo Melo, fundador do Quinteto Violado, e Sérgio Andrade, fundador da Banda de Pau e Corda. Cada um a seu modo, todos foram profundamente influenciados pela obra do mestre. Agora, eles se reúnem para agradecer e reverenciar o legado de Dominguinhos.

Bio individual

Sérgio Andrade é um cantor e compositor pernambucano, fundador de uma das mais importantes representações da música pernambucana dos anos 70, a Banda de Pau e Corda. Com 44 anos de carreira e mais de 10 discos gravados, percorreu os palcos de todo o Brasil cantando e encantando o público com letras que retratam o Nordeste e seu povo. Em suas canções estão representados os principais símbolos da cultura pernambucana, tal qual a ciranda, o carnaval, o sertão e o símbolo maior da resistência popular, Lampião. Sua voz doce ficou marcada em gravações como Flor D’Água, Esperança e Telha Nua. Em carreira solo desde 2009, lançou o CD “Outros Carnavais”, que reúne composições próprias e inéditas que representam uma nova faceta do artista, além do CD “FREVO”, totalmente dedicado ao mais pernambucano dos ritmos populares.

João Netto é um guitarrista, violonista e compositor brasileiro natural de Buíque, mas que muito cedo mudou-se para Garanhuns, onde iniciou sua trajetória na música. Quando menino entrou para o grupo mirins do SESC, onde se destacou pelo imenso talento musical e daí por diante recebeu convites de vários grupos da época, entre eles o grupo Super Oara, de Arcoverde, onde tocou por alguns anos. Depois passou temporadas em Petrolina, Juazeiro do Norte, Recife e São Paulo realizando inúmeros trabalhos e fazendo parceiros, como Nando Cordel e Maciel Melo. Durante sua longa trajetória tocou com grandes artistas, entre eles Belchior, Gilliard, Alceu Valença e Nando Cordel, mas foi, sem dúvidas, o Mestre Dominguinhos com quem ele mais trabalhou, tendo passado mais de 10 anos viajando de Norte a Sul do Brasil registrando sua guitarra em shows e CDs.

Gennaro é um cantor e compositor, mas é principalmente um dos mais importantes sanfoneiros do país. Herdeiro de Luiz Gonzaga e do Mestre Dominguinhos, fez parte da segunda formação do Trio Nordestino, tendo substituído o Mestre Lindu ainda no início dos anos 1980. Antes disso já havia acompanhado Marinês e também o Rei do Baião. No início dos anos 1990 deixa o Trio Nordestino e consolida sua carreira como músico, cantor e compositor de primeira linha da música nordestina. Em sua trajetória artística, tocou e gravou ainda com músicos como Alceu Valença, Zé Ramalho e com o próprio Dominguinhos. Com quarto décadas dedicadas à música nordestina, Gennaro é hoje um dos maiores nomes do forró e importante representante do legado de Luiz Gonzaga.

Marcelo Melo é cantor, compositor e um dos principais violonistas de sua geração. Fundador do Quinteto Violado, focou seu trabalho na música regional, valorizando a cultura brasileira através de trabalhos de pesquisa e agregando as experiências pessoais. Sendo responsável pelo violão, viola e voz até hoje, Marcelo imprimiu ao Quinteto sua identidade musical. A música praticada na sua vida é orgânica, com personalidade local, sempre inspirado na leitura da música dos folguedos populares, nos cancioneiros nordestinos e também através de uma criação autoral. Produz um som universal com fortes influências nordestinas e cosmopolitas na sua harmonia. Não é exagero dizer que o primeiro disco do Quinteto Violado, há 45 anos, plantou uma semente de mudança no modo de sentir e expressar a música do Nordeste do Brasil. Música esta que desbravou novos e amplos horizontes pelo mundo.

Kiara Ribeiro – cantora pernambucana nascida na cidade de Garanhuns, terra do mestre Dominguinhos, músico que a conduziu ao palco pela primeira vez. Ganhadora do Prêmio de Música Pernambucana o Troféu ACINPE – 2013, pela votação dos críticos melhor álbum na categoria MPB. Com apenas sete anos de carreira, somatiza oito festivais, sendo cinco edições consecutivas no Festival de Inverno, considerado o maior evento multicultural da América Latina. Em 2013 puxou o Galo Da Madrugada, o maior bloco do mundo.

O ritmo percussivo exerce forte influência sob a musicalidade e trabalho da artista, que em julho de 2013 foi convidada por Daniela Mercury, para subirem juntas ao palco, onde fizeram um dueto inédito para um público estimado em 50 mil pessoas.

Cantando os ritmos brasileiros com a naturalidade própria de uma artista que vive e busca a sua evolução de forma intensa, natural e verdadeira, Kiara Ribeiro vem empolgando e conquistando cada vez mais o público. Apontada como uma grande promessa dessa nova safra de artistas da música popular brasileira, se prepara para gravar o seu novo álbum totalmente autoral.

No palco a presença e o carisma se unem ao canto de uma voz grave e doce ao mesmo tempo, traduzindo Kiara Ribeiro uma cantora plural. Capaz de velejar por diversas vertentes musicais e retornar ao seu porto seguro:  O samba.

Para o Viva Dominguinhos 2017, a cantora apresentará um show em formato especial, montado para a noite do evento onde irá homenagear o Mestre que em 2010, em sua rica trajetória, participou do “Emoções Sertanejas”,  da Rede Globo, levando a musicalidade raiz do nordestino sertanejo. O show, apaixonado e original, contará com clássicos da música sertaneja, desde os sucessos românticos até a moda de viola, passeando pelo forró de Dominguinhos.